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Naufrágio na costa do Iêmen deixa 49 mortos
Um barco que transportava 260 migrantes naufragou na costa do Iêmen e pelo menos 49 pessoas morreram, incluindo 31 mulheres e seis crianças, informou uma agência da ONU nesta terça-feira (11).
"Ao menos 49 mortos e 140 desaparecidos", anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na rede social X, em referência à tragédia ocorrida na segunda-feira.
O primeiro balanço citava 39 mortes.
A agência das Nações Unidas não revelou as nacionalidades dos migrantes, mas informou que está prestando "ajuda imediata aos sobreviventes".
Segundo os sobreviventes, o barco zarpou de Bosaso, na Somália, no domingo, com 115 migrantes somalis e 145 etíopes a bordo, incluindo 90 mulheres, informou a OIM em um comunicado.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África, que tentam fugir dos conflitos, dos desastres naturais e da pobreza, arriscam as vidas em viagens pelo Mar Vermelho para tentar chegar aos países do Golfo.
Em abril, duas embarcações naufragaram na costa do Djibuti e dezenas de pessoas morreram.
Em 2023, a OIM registrou pelo menos 698 mortes nesta rota migratória.
Os migrantes que conseguem chegar ao Iêmen, do outro lado do Mar Vermelho, enfrentam mais problemas, já que este é o país mais pobre da península arábica e é cenário de uma guerra civil há uma década.
O objetivo dos migrantes é chegar a países ricos, como Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos, para trabalhar no setor de construção ou como empregados domésticos.
Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas pelas mortes de "centenas" de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino procedentes do Iêmen entre março de 2022 e junho de 2023. Riad rebateu o relatório da ONG e afirmou que as conclusões não eram baseadas em fontes confiáveis.
P.Queiroz--PC