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Guerra comercial impacta o México e castiga a América Latina
O México será a única grande economia mundial em contração este ano, devido à guerra comercial aberta pelos Estados Unidos, que joga para baixo o crescimento no restante da América Latina, com exceção da Argentina, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
As tarifas alfandegárias do presidente americano, Donald Trump, são uma estocada na economia mexicana, que encolherá 0,3% este ano, afirmou o FMI nesta terça-feira (22), ao atualizar seus prognósticos para a economia mundial. O México sofrerá apesar de ter ficado de fora das chamadas tarifas alfandegárias "recíprocas".
"Isto implica que o FMI prevê um cenário de recessão em 2025" para o país, conclui a economista mexicana Gabriela Siller Pagaza, diretora de análise econômica do grupo financeiro Base, na rede X.
O México é, juntamente com o Canadá e a China, uma das principais vítimas das medidas do republicano, que os acusa de não combater suficientemente o tráfico de fentanil e a migração irregular na fronteira.
O tratado de livre comércio T-MEC entre Estados Unidos, México e Canadá não impediu Trump de impor a seus vizinhos uma tarifa de 25% sobre todos os produtos que exportam para o solo americano, e de 10% sobre os produtos energéticos canadenses.
Ele voltou atrás, suspendendo temporariamente as tarifas sobre os produtos que entram nos Estados Unidos sob o T-MEC que, segundo a Casa Branca, representam quase metade do comércio entre os três países. A prorrogação segue vigente.
Além disso, aplica-lhes taxas de 25% sobre as importações de aço e alumínio e de 25% sobre as de automóveis, neste caso apenas para peças soltas não fabricados nos Estados Unidos.
A América Latina e o Caribe também acusaram o golpe. Todos os países da região (exceto o México) são submetidos a uma sobretaxa mínima universal de 10% imposta por Trump para a maioria dos produtos que entram no território americano.
As consequências estão à vista. O FMI rebaixou em meio ponto percentual a previsão de crescimento para a região, que se situa em 2%.
- "Desaceleração" -
A freada se deve "ao impacto das tarifas alfandegárias e à desaceleração do crescimento mundial", explicou, nesta terça-feira, Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, durante coletiva de imprensa.
"Estamos vendo uma atividade impulsionada em grande medida pelo consumo, graças à resiliência dos mercados de trabalho, enquanto o investimento segue um pouco lento", afirmou.
E "ainda há desafios quanto à inflação", acrescentou Petya Koeva Brooks, vice-diretora do departamento de estudos do FMI.
Por países, a economia do Brasil, a maior da região, crescerá este ano 2% (-0,2 ponto percentual em relação ao estimado em janeiro). A Colômbia avançará 2,4%; o Chile, 2%; o Peru, 2,8%; o Equador, 1,7%; a Bolívia, 1,1%; o Paraguai, 3,8% e o Uruguai, 2,8%.
O contraponto é a Argentina, que em 11 de abril alcançou um acordo com o FMI para um empréstimo de 20 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 117,4 bilhões), dos quais a organização já transferiu US$ 12 bilhões (R$ 70,4 bilhões).
A economia do país crescerá 5,5% este ano, ou seja, meio ponto percentual a mais que o previsto em janeiro, segundo o FMI.
"A recuperação e a confiança, acredito, influenciaram em certa medida este prognóstico. Existem vários riscos relacionados com o endurecimento das condições financeiras, os preços das matérias-primas e muitos outros fatores, o que é certo para muitos, senão para a maioria dos países", analisa Koeva Brooks, referindo-se à Argentina.
O FMI prevê, ao contrário, uma contração de 4% na Venezuela.
- "Soma negativa" -
As tarifas aduaneiras do presidente americano também fizeram subir a inflação em alguns casos.
Na América Latina e no Caribe, "as revisões para cima para Bolívia, Brasil e Venezuela foram compensadas por revisões para baixo para Argentina e outros países, o que eleva a revisão geral para a região para 4,5%" de inflação, escreveu o FMI em seu informe.
As sobretaxas também são sentidas no mercado de trabalho, com uma redução das contratações em muitos países e um aumento das demissões.
Em geral, poucos se salvam do impacto tarifário.
"O protecionismo é um jogo de soma negativa, como já ficou evidenciado em várias etapas do século XX", afirma o economista uruguaio Aldo Lema em um artigo de opinião.
"Todos os países perdem, alguns mais do que outros, mas nenhum se salva. Por isso, se a globalização e a abertura externa geraram certo mal-estar nos Estados Unidos em alguns setores econômicos e segmentos da população, o nacionalismo e o protecionismo vão gerar muito mais", conclui.
V.Fontes--PC