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Agentes mascarados nos corredores: o medo toma conta da comunidade imigrante nos EUA
Comparecer a uma audiência no tribunal de imigração de Nova York tornou-se uma roleta-russa para muitos imigrantes, que se veem divididos entre comparecer para dar continuidade ao processo imigratório ou cair na "ilegalidade".
Agentes do ICE e da Patrulha de Fronteira, com os rostos cobertos, alguns com armas de fogo e vários pares de algemas, enfileiram-se no corredor enquanto os imigrantes entram para a audiência com o juiz — o mesmo corredor pelo qual devem sair sem saber se algum dia voltarão para casa.
Até recentemente, eles costumavam deter homens solteiros que compareciam à audiência sem advogado, mas nas últimas semanas começaram a separar famílias, como confirmaram jornalistas da AFP.
A venezuelana María (pseudônimo) diz sentir "medo, angústia, pavor porque você não sabe o que vai acontecer". "Viemos de tão longe e é um grande sacrifício ser mandada de volta tão rápido", disse ela à AFP após assinar pessoalmente os documentos para a audiência sobre o asilo que ela e seus dois filhos solicitarão.
A crescente pressão da Casa Branca para aumentar o número de prisões diárias levou o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) a revistar locais de trabalho e tribunais e a deter menores de idade, muitos dos quais são protegidos pelo Status Especial de Imigrante Juvenil (SIJS).
Só em Nova York, cerca de 50 menores de 18 anos, a maioria do Equador, foram detidos até agora neste ano, segundo o The New York Times. Solicitados pela AFP, o ICE não forneceu números.
Ao contrário do primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021), quando a política era separar as famílias na fronteira como medida de dissuasão — ainda há mais de 1.000 menores que não foram reunidos com seus pais — agora se usa "um mecanismo diferente", diz Michelle Ortiz, diretora dos serviços jurídicos para a infância do Comitê Internacional de Resgate (IRC, na sigla em inglês).
"Famílias estão sendo detidas juntas pelo ICE, que coloca os adultos em detenção e as crianças sob nossos cuidados", explica. Agora, "acontece de forma diferente". E tudo pode mudar à medida que a "situação se torna mais caótica", alerta.
Os menores representados por sua organização têm "ordens de deportação e estamos aguardando para ver como o governo Trump facilitará essas deportações".
"As bagagens no aeroporto têm um tratamento melhor, com mais sensibilidade e cuidado do que o tratamento dado a essas famílias", lamenta.
- "Muito mais agressiva" -
Até o momento, neste ano, o ICE deteve 59.000 pessoas, um recorde, segundo o Conselho de Imigração dos Estados Unidos (AIC, na sigla em inglês). Destas, apenas 30% têm antecedentes criminais, embora a maioria dos registros não "represente nenhuma ameaça".
Entre os detidos estão pessoas com status legal, beneficiários do Daca (o programa que protege jovens que chegaram ainda crianças nos Estados Unidos), solicitantes de asilo e residentes que aguardam suas audiências migratórias.
"Este governo Trump está muito mais agressivo. O que estamos vendo não é apenas uma grande pressão para deter e deportar populações sem documentos regularizados, mas também para retirar as proteções legais que já obtiveram e, para outras, impossibilitar a obtenção da proteção legal a que têm direito", afirma Ortiz.
Além da falta de "garantias processuais básicas", os detidos enfrentam o cada vez mais complicado "acesso às vias de defesa" e difíceis condições de detenção, de acordo com Nayna Gupta, diretora de política do AIC, que denuncia que pelo menos 10 pessoas morreram sob custódia do ICE.
Há duas semanas, um juiz de Nova York ordenou que o ICE oferecesse tratamento humanitário aos detidos no tribunal de imigração.
Soma-se a isso o corte no financiamento para organizações de defesa dos direitos dos imigrantes, diz Ortiz. Sua organização só tem a garantia do financiamento federal a cada três meses.
- Menos imigrantes -
Com 45 bilhões de dólares (R$ 243,7 bilhões, na cotação atual) adicionais para construir novos centros de detenção — 308% a mais do que antes — o ICE poderá deter pelo menos 125.000 pessoas, o mesmo número do sistema prisional federal, alerta Gupta.
A política agressiva anti-imigração do governo Trump pode estar começando a dar frutos. Em junho deste ano, havia quase 1,5 milhão de estrangeiros a menos no país do que em janeiro, segundo dados do Pew Research Center.
Em maio, a Patrulha de Fronteira relatou que apenas 8.725 estrangeiros sem documentos regularizados foram interceptados ao longo da fronteira sudoeste, uma redução de 93% em relação ao ano anterior.
A.Seabra--PC