-
Política de Trump leva lendária cantora de folk Joan Baez de volta ao estúdio
-
A Copa do Mundo de 2026, uma ocasião inigualável para Trump se destacar
-
Trump recebe primeiro Prêmio da Paz da Fifa
-
McLaren avisa que poderá emitir ordens de equipe no GP de Abu Dhabi
-
Los Angeles 'não está preocupada' com as ameaças de Trump de transferir jogos da Copa do Mundo
-
Arica, a cidade chilena na fronteira com o Peru intimidada pelo crime
-
Inflação volta a subir em setembro nos EUA, a 2,8% anual
-
Sorteio da Copa do Mundo 2026, uma oportunidade única para Trump se exibir
-
Netflix comprará Warner Bros Discovery por quase US$ 83 bilhões
-
Delegações de Ucrânia e EUA se reúnem novamente em Miami nesta sexta-feira
-
Sorteio da Copa do Mundo de 2026 terá Trump como grande estrela
-
Norris volta a superar Verstappen na 2ª sessão de treinos livres em Abu Dhabi
-
Trump revive Doutrina Monroe para a América Latina
-
Milei anuncia volta da Argentina ao mercado internacional de dívida
-
Norris supera Verstappen por pouco no 1º treino livre do GP de Abu Dhabi
-
Latam retira 169 passageiros de voo após incêndio perto de avião no aeroporto de Guarulhos
-
UE impõe multa de 120 milhões de euros à rede social X de Elon Musk
-
Putin continuará fornecendo petróleo à Índia, apesar da pressão dos EUA
-
Trump quer reajustar presença global dos Estados Unidos e aumentar predomínio na América Latina
-
CEO do Softbank diz que uma super-IA pode transformar humanos em 'peixes' ou vencer o Nobel
-
OpenAI anuncia acordo para construir centro de IA na Austrália
-
TikTok cumprirá proibição de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália
-
Chuvas dificultam limpeza no Sri Lanka após inundações que atingiram vários países da Ásia
-
Venezuela isolada após suspensão de voos de companhias internacionais
-
Manchester United cede empate no fim contra o West Ham
-
Raphinha, um retorno para devolver a alma ao Barcelona
-
Líderes de Ruanda e RD Congo firmam acordo de paz em Washington
-
Lesionado, Antetokounmpo vai desfalcar Milwaukee Bucks de duas a quatro semanas
-
"O passado não importa", diz Thomas Müller, sobre reencontro com Messi na final da MLS
-
Lloris renova por um ano com Los Angeles FC
-
Time sensação da Ligue 1, Lens tenta manter liderança contra o Nantes
-
Israel identifica cadáver do penúltimo refém que permanecia em Gaza
-
Fim de semana tem duelos no topo da tabela da Bundesliga
-
Norris descarta pedir ajuda a Piastri para superar Verstappen no decisivo GP de Abu Dhabi
-
Os diferentes cenários para o título mundial da Fórmula 1
-
Messi destaca "momento muito bom" do Inter Miami para final da MLS
-
Versace anuncia saída de diretor artístico Dario Vitale após menos de nove meses
-
Uso do Signal pelo secretário de Defesa pôs forças dos EUA em risco, diz inspetor do Pentágono
-
Putin tem 'responsabilidade moral' por envenenamento de britânica, diz investigação
-
Conselho de Segurança da ONU afirma estar disposto a apoiar Síria durante visita
-
Preso suspeito em caso de bombas plantadas perto do Capitólio em 2021 (imprensa)
-
Comissão insta Finlândia a reparar injustiças contra povo sami
-
McLaren contra 'Chucky' Verstappen em explosivo epílogo do Mundial de F1
-
Alexander-Arnold ficará afastado por cerca de dois meses devido a lesão na coxa
-
The New York Times processa Pentágono por violar direito à informação
-
Tudo o que é preciso saber sobre o sorteio da Copa do Mundo de 2026
-
Turnê 'Lux' de Rosalía chegará à América Latina em julho de 2026
-
Putin faz visita à Índia com defesa e comércio na agenda
-
Itália jogará semifinal da repescagem para Copa de 2026 contra Irlanda do Norte em Bérgamo
-
Empresas chinesas de óculos inteligentes buscam conquistar mercado mundial
A perigosa fauna marinha da Austrália, fonte de valiosos antídotos para os humanos
O efeito da picada de uma pequena água-viva Irukandji pode ser tão forte que uma pessoa não consegue respirar, como se tivesse um elefante sentado no peito, e a dor é tão intensa que faz a pessoa desejar morrer, diz o cientista australiano Jamie Seymour, que já sentiu isso pessoalmente 11 vezes.
Esses são os riscos do trabalho que, entre outras etapas, envolve extrair o veneno dessas temíveis criaturas marinhas para salvar vidas, explicou o toxicologista da Universidade James Cook, na Austrália.
Dezenas de águas-vivas Irukandji, algumas do tamanho de uma semente de gergelim, flutuam em tanques de água em um laboratório desta universidade no estado de Queensland.
Em outro tanque, um dos peixes mais venenosos do mundo: o peixe-pedra e sua espinha dorsal mortal. Seu veneno pode matar seres humanos, embora na Austrália não tenham sido registrados casos fatais. Seymour já foi picado e sobreviveu.
Sua equipe estuda os animais mais mortais da Austrália para tentar compreendê-los e ajudar a proteger as pessoas. "A Austrália é, sem dúvida, o continente mais venenoso do mundo", afirma Seymour à AFP.
Passeando entre os tanques, o cientista vai mostrando suas perigosas criaturas, incluindo algumas águas-vivas cubomedusas, comumente chamadas de vespas-do-mar, cujo veneno pode matar uma pessoa em apenas 10 minutos.
- Extração do veneno -
Apesar da quantidade de animais venenosos na Austrália, as mortes são relativamente raras.
Os dados oficiais mostram que, entre 2001 e 2017, houve em média 32 mortes por ano relacionadas a animais, embora a maioria causada por cavalos e vacas.
Desde 1883, foram registradas duas mortes por águas-vivas Irukandji e cerca de 70 por cubomedusas.
Para efeito de comparação, apenas em 2022 houve 4.700 mortes por drogas, álcool ou acidentes de trânsito na Austrália, segundo dados do governo.
"Há chances razoáveis de ser picado ou mordido por um animal na Austrália, mas as chances de morrer são muito baixas", diz Seymour.
Sua equipe é a única a extrair o veneno desses animais letais para transformá-lo em antídotos.
No caso das cubomedusas, o processo é complicado. Os pesquisadores precisam remover seus tentáculos, congelá-los a seco e extrair o veneno quando ele solidifica.
A extração do veneno do peixe-pedra é mais delicada. Os cientistas devem inserir uma seringa nas glândulas venenosas do animal vivo enquanto o seguram com uma toalha.
O veneno é enviado para um centro no estado de Victoria, que fica responsável pelo seu processamento.
Inicialmente, um membro da equipe injeta uma pequena quantidade do veneno em um animal, como um cavalo, por seis meses, que desenvolve anticorpos naturais.
Em seguida, os cientistas retiram o plasma do animal, extraem os anticorpos, removem as impurezas e os transformam em antídoto para humanos.
- Mudanças climáticas -
Esses antídotos são enviados para hospitais na Austrália e em outras nações do Pacífico para serem administrados a pacientes que foram picados ou mordidos por algum desses animais.
"Temos alguns dos melhores contravenenos do mundo, sem dúvida", orgulha-se Seymour.
A mudança climática pode tornar esses tipos de remédios cada vez mais necessários, alertam os cientistas.
Há cerca de 60 anos, as águas-vivas Irukandji costumavam circular pelas águas australianas entre novembro e dezembro. Com o aumento das temperaturas oceânicas, sua presença pode se estender até março.
Os alunos de Seymour descobriram que essas mudanças de temperatura também alteram o nível de toxicidade do veneno.
"Por exemplo, se eu preparar um antídoto para um animal a 20 graus e for picado por um animal que vive em um ambiente de 30 graus, esse contraveneno não funcionará", conclui.
Estudos científicos demonstraram que o veneno dessas criaturas também poderia ser usado para tratar outras doenças, embora seja uma área de pesquisa pouco financiada.
O veneno "deve ser pensado como um ensopado de vegetais. Existem muitos componentes diferentes", diz Seymour.
"O que estamos tentando fazer é separar esses componentes e descobrir o que acontece", explicou.
A.P.Maia--PC