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Pouca água: a situação diária de milhares de peruanos em Lima
"Estamos com dores de estômago e enxaquecas. Há larvas no fundo do tanque", diz a decepcionada Catalina Ñaupa, de 59 anos, moradora do bairro pobre de San Juan de Miraflores, no sul de Lima, que recebe água através de caminhões-pipa uma vez por semana.
A capital peruana, com mais de 10 milhões de habitantes, é a segunda maior cidade do mundo localizada em um deserto. Rodeada pelo oceano Pacífico de um lado, e pelos Andes de outro, a cidade é atravessada por três rios e tem uma reserva de água subterrânea. No entanto, as precipitações estão especialmente escassas.
Mais de 635 mil pessoas vivem lá sem acesso à água potável, segundo uma pesquisa de 2021 do Instituto Nacional de Estatística e Informática do Peru.
- Um metro cúbico por semana -
Assim como Ñaupa, muitos vivem em assentamentos informais nas colinas ao redor da cidade, onde as redes de água e saneamento nunca chegaram.
Um caminhão pipa fornece água de graça semanalmente aos moradores, às vezes, com menos frequência. Armazenada em grandes barris ao longo de estradas empoeiradas, ela pode rapidamente se tornar um risco à saúde.
"No inverno, (o caminhão) nem sempre chega aqui porque o barro deixa as estradas perigosas", explica Ñaupa, que lava sua roupa uma vez por semana ou a cada quinze dias para que suas reservas durem.
"Distribuímos um metro cúbico (mil litros) de água por família semanalmente", diz Nicolás Reyes, encarregado da distribuição do Serviço de Água Potável e Saneamento (Sedapal), a entidade estatal gestora da água em Lima.
Isso equivale a 30 litros de água por dia para cada pessoa. Segundo a Onu, para cobrir a maioria das necessidades básicas, são necessários entre 50 e 100 litros por dia por pessoa.
"Todo ano a Sedapal teme ter que racionar o acesso enquanto espera as represas encherem" com a temporada de chuvas, disse à AFP Jérémy Robert, acadêmico do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD).
- "Outro mundo" -
"A mudança climática afeta as reservas de água nas montanhas e reduz os fluxos dos rios", disse Antonio Ioris, professor de geografia na Universidade de Cardiff.
No entanto, segundo o acadêmico, o problema não é a falta de recursos.
"O acesso das populações pobres à água é um problema que não dão prioridade", afirmou.
"A situação na periferia de Lima não é somente pela falta de planejamento e investimento urbano, mas também, pelas dificuldades das zonas rurais que provocam migrações forçadas à capital", explicou o professor, especialista nas relações de população e meio ambiente na América Latina.
Nas estradas de terra que serpenteiam pelas colinas de Lima, escadas de concreto levam aos lugares mais remotos, onde nem mesmo os caminhões-pipa conseguem chegar.
Os habitantes, então, precisam se virar sozinhos para obter água.
Em média, eles acabam pagando seis vezes mais por metro cúbico do que as residências conectadas à rede de água potável, de acordo com a Direção Nacional de Serviços de Saneamento (Sunass).
No distrito de San Juan de Miraflores, na vizinhança de La Nueva Rinconada, um muro de 10 quilômetros separa a favela do bairro residencial de Santiago de Surco, que construiu a barreira para impedir a entrada de pessoas do bairro vizinho.
Através das rachaduras no 'muro da vergonha', como é popularmente chamado, é possível ver a vegetação exuberante de Surco, um dos bairros de Lima com o maior consumo de água: 200 litros por pessoa por dia, de acordo com a Sedapal.
"Surco nos dá a impressão de ser de outro mundo", diz Cristel Mejía, presidente da cozinha comunitária Ollas Empoderadas.
E.Borba--PC