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Planos de Trump contra migrantes causam ansiedade na fronteira dos EUA
Como diretora de um abrigo para migrantes grávidas em El Paso, no Texas, Karina Breceda acredita que ser pró-vida não é apenas defender o nascimento do bebê, mas também proteger seu direito à nacionalidade caso nasça nos Estados Unidos, algo que o presidente Donald Trump pretende eliminar.
Após retornar à Casa Branca, o republicano assinou uma série de ordens para restringir a migração e, na quinta-feira, seu governo anunciou a prisão de 538 "imigrantes irregulares" e a expulsão de "centenas" deles "em aviões militares".
Suas medidas podem violar direitos garantidos pela Constituição, como o que concede cidadania aos nascidos em solo americano cujos pais sejam migrantes sem documentos ou não sejam cidadãos dos EUA ou residentes permanentes. Um juiz suspendeu temporariamente essa ordem executiva.
"Não acho que essa seja uma resposta pró-vida (...) pró-vida é mais do que simplesmente ter o bebê", afirma Breceda no abrigo Maris em El Paso (sul), a poucos passos de uma ponte na fronteira com o México.
"Os migrantes merecem respeito e aquele bebê em seu ventre é uma vida (...). Se nascer e não tiver documento, de que condições estamos falando?", acrescenta Breceda, americana filha de pai migrante mexicano.
Neste momento, seu abrigo está quase vazio. O fluxo diminuiu consideravelmente em comparação com os últimos dois anos, quando os solicitantes de refúgio se aglomeravam contra os muros de metal, após cruzarem o rio Grande.
Patrulhas solitárias da polícia de fronteira rondam o muro de tempos em tempos, levantando uma nuvem de poeira.
- Medo das operações de deportação -
"A maior operação de deportação em massa da história está em andamento. Promessas feitas. Promessas cumpridas", declarou na quinta-feira à noite a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, ao anunciar as centenas de prisões.
O governo de Trump também permitirá detenções em lugares como igrejas ou escolas, que estavam protegidas durante a era Biden, e anunciou que enviará militares para a fronteira.
Em El Paso, com 678.000 habitantes, 81% da população é latina. As conversas em espanhol são comuns nas ruas, onde moradores, visitantes e nativos se misturam.
Josnexcy Martínez, uma venezuelana de 28 anos, e seu filho de cinco, a quem acolhe com carinho, são os únicos hóspedes do abrigo Maris. Ela entrou nos Estados Unidos em outubro usando o aplicativo CBP One, com o qual migrantes solicitavam refúgio a partir do México e eram processados em um ponto de fronteira. Mas essa modalidade foi suspensa por Trump, deixando milhares desesperados.
Embora possa permanecer legalmente enquanto aguarda sua audiência diante de um juiz de imigração, Martínez vive com medo. "Meu medo é que eu seja parada em uma operação, por um policial ou alguém da imigração, e me peça meus documentos. Eu sempre levo meus papéis", afirma.
Para Breceda, agora "eles vão apontar as pessoas com base em como acreditamos que alguém 'sem documentos' se parece, pela cor da pele ou pela roupa, ou até pela classe, porque eles estarão em certos bairros".
Julieta Torres, de 65 anos, nasceu no México, mas vive em El Paso há quatro décadas e trabalha em um supermercado. Ela acredita que as pessoas que vêm para trabalhar têm direito de ficar, e seus filhos têm direito à nacionalidade.
"Se já nasceram aqui, então são deste país, mesmo que sejam filhos de pais sem documentos. Já nasceram, eles não têm culpa", considera.
- "O sonho americano acabou" -
James Thomaston, nascido nos Estados Unidos, mas com parte da infância no México, discorda. Este homem de 70 anos acredita que os migrantes estão tirando dinheiro de sua aposentadoria.
Ele concorda que aqueles que vieram para os Estados Unidos ainda crianças, trazidos por pais sem documentos, conhecidos como "dreamers" (sonhadores), tenham o direito de regularizar sua situação.
Mas "não acho certo o filho ancla [como são chamados os filhos de migrantes irregulares nascidos nos Estados Unidos], elas vêm, têm os bebês aqui e querem regularizar [os papéis] para toda a família", diz.
Mirna Cabral, "dreamer" mexicana de 37 anos, foi beneficiada pelo programa “Daca” da era Obama, que lhe permitiu receber uma permissão de trabalho e evitar temporariamente a deportação, um programa que também pode ser extinto.
Viúva de um americano e mãe de dois filhos nascidos no Texas, Mirna acredita que "todo nascido aqui tem direito a ser cidadão". "Não acho que (Trump) tenha o direito de vir e mudar a Constituição". Ela também teme pelas operações de deportação.
"Vão apontar para as pessoas porque têm pele marrom, falam espanhol ou não parecem ser daqui. É uma forma de esconder seu racismo", afirma.
Héctor Chávez, um mexicano de 61 anos que trabalha em um restaurante em El Paso e tem residência legal, prefere viver na fronteiriça Ciudad Juárez por questões econômicas. "Para aqueles que não conseguiram passar, eu diria para ficarem do outro lado. O sonho americano já acabou".
L.Henrique--PC