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'Rolexgate', o que se sabe sobre o escândalo que ameaça a presidente do Peru
Relógios de luxo fazem o já frágil governo de Dina Boluarte balançar. A presidente do Peru deve explicar esta semana ao Ministério Público a procedência dessas joias, mas seu destino depende mais do Congresso, onde a esquerda planeja sua destituição, do que da Justiça.
Boluarte, que assumiu o poder em dezembro de 2022 em substituição ao destituído e preso Pedro Castillo, será ouvida pelos promotores pela primeira vez na sexta-feira desde que a polícia realizou buscas em sua casa e no gabinete presidencial.
A mandatária de 61 anos é investigada por suposto enriquecimento ilícito devido ao "Rolexgate", como é conhecido o escândalo que estourou em meados de março por uma investigação jornalística. Boluarte teria vários relógios de luxo que não foram declarados entre seus bens.
Na segunda-feira, seis ministros renunciaram em meio à tempestade política. O futuro de seu mandato, que termina em julho de 2026, "é incerto, embora seja jogado em duas cordas separadas que são a judicial e a política", disse à AFP o analista Augusto Alvarez Rodrich.
- O cenário judicial -
Diante do escândalo que levou à apreensão, Boluarte pediu para adiantar a data de seu depoimento, embora o Ministério Público não tenha se pronunciado sobre esse pedido.
Na audiência, ela terá que mostrar e justificar a compra da suposta coleção de pelo menos três relógios Rolex, que a imprensa atribuiu a ela por meio de várias fotos publicadas nos últimos dias.
O MP, no entanto, pode investigá-la por um período máximo de oito meses depois que começou a investigação em março. Se decidir acusá-la, terá de esperar até o final de seu mandato, em julho de 2026, para levá-la a julgamento, conforme estipulado na Constituição.
Portanto, seria "na arena política, no Congresso, que se decidiria se ela permaneceria no cargo", enfatizou Alvarez.
O MP investiga Boluarte desde 2023 pelos supostos crimes de "genocídio, homicídio agravado e lesões graves", pela morte de mais de 50 civis "durante as mobilizações sociais entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023" que exigiram sua renúncia e eleições antecipadas.
- O cenário político -
O Parlamento unicameral começou a processar uma moção de vacância (impeachment) por "incapacidade moral permanente" apresentada pelo Peru Libre, o partido de esquerda ao qual Boluarte pertencia. O pedido é apoiado por 30 membros do Congresso, mas para ser admitido para debate é necessário mais de cinquenta votos dos 130 legisladores.
Somente depois disso é que o processo de impeachment será iniciado. Para ser destituída, a oposição precisa de mais de 86 votos. Nesse contexto, o primeiro-ministro Gustavo Adrianzén irá ao Congresso na quarta-feira para apresentar a política geral do governo e solicitar um voto de confiança, em um ato que foi planejado antes do início da crise.
O Congresso é controlado por uma maioria de partidos de direita e de extrema direita, que são a base de Boluarte. Ela não tem sua própria bancada.
"Até o momento, não há possibilidade de uma vacância porque o Congresso está ciente de que seria inevitável convocar eleições antecipadas e prefere evitar esse risco", de acordo com Alvarez, também colunista do jornal La República.
Durante seu período no poder, a esquerda parlamentar apresentou duas moções de impeachment contra Boluarte. Nenhuma delas foi admitida para debate.
"As principais forças no Congresso pretendem manter o estado de coisas pelo maior tempo possível", disse à AFP o cientista político Carlos Meléndez, da Universidade chilena Diego Portales.
Mas ele advertiu que "seria um milagre se ela terminasse seu mandato, porque ninguém quer ser aliado de um presidente impopular em um contexto eleitoral", referindo-se às eleições de 2025.
- Antecipação das eleições -
Boluarte descartou a possibilidade de renunciar e insiste que esclarecerá o caso do relógio com o Ministério Público. Ela também denunciou um "ataque e assédio sistemáticos" com o objetivo de enfraquecer seu governo.
Se ela renunciar, o chefe do Congresso assumirá a presidência e convocará uma eleição geral em seis meses.
"A melhor coisa que poderia acontecer ao país é que essa provação termine e que a política nacional seja reiniciada com novas eleições gerais que incluam o Congresso", disse o analista Juan Carlos Tafur ao portal de notícias Sudaca.
Boluarte eleva para seis o número total de presidentes manchados por casos de corrupção até o momento no século XXI. O Peru teve seis presidentes desde 2016.
B.Godinho--PC