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Javier Cercas: para papa Francisco, o clericalismo era 'o câncer da Igreja'
"Ateu", "laicista militante", "incrédulo rigoroso". Assim se define o escritor espanhol Javier Cercas, que com essas credenciais acompanhou o papa Francisco a uma viagem ao "fim do mundo" onde comprovou que ambos eram unidos por uma ideia temerária: "o anticlericalismo".
Esgotado pelas dezenas de entrevistas que dá em sequência, Cercas chega ao hotel Hilton de Bogotá sem saber quantos dias já está na Colômbia: "Me tratam como uma estrela do rock", brinca em uma conversa com a AFP sobre "El Loco de Dios en el Fin del Mundo", o título que bate recordes de vendas na Espanha.
Criado em uma família católica, porém ateu convicto, o escritor de 63 anos acompanhou o papa até a Mongólia, em troca de que o pontífice esclarecesse uma dúvida à sua mãe: ela se encontraria com seu pai morto ao final de sua vida? Um enigma que tenta resolver ao longo da história.
"A verdade é que é um pouco filme, mas um [filme] realista", diz o premiado escritor.
Nessa travessia a um rincão da Ásia de esmagadora maioria budista, Cercas foi surpreendido pela quantidade de coisas que tinha em comum com Bergoglio, como chama o papa.
Como ele, o papa era "profundamente anticlerical".
"O clericalismo representa a ideia perversa de que o sacerdote está acima dos fiéis. Isso, segundo Francisco, é o câncer da Igreja", diz o espanhol.
Também "tiramos a siesta e gostamos de Borges", volta a brincar.
Embora ambos compartilhem uma "reivindicação total do sentido do humor", havia diferenças. Bergoglio "tinha uma personalidade muito forte" e "era um homem muito ambicioso": "Eu acredito que chegou aonde chegou quando se livrou de sua ambição", argumenta.
Cercas compara a figura do "controverso" santo padre com a de Jesus Cristo, porque ambos seguiam o "cristianismo primitivo" que aposta em estar perto da periferia, dos "desgraçados, dos pobres, das putas".
"Francisco é revolucionário se por revolução entendemos o retorno ao cristianismo primitivo", diz, embora reconheça que o religioso não tenha implantado mudanças significativas na Igreja.
"As pequenas reformas que conseguiu realizar geraram uma resistência brutal", acrescenta. Alguns sacerdotes chegaram, até mesmo, a rezar "por sua morte" e o trataram como o "anticristo", afirma.
Para o autor, membro da Real Academia Espanhola, que saltou à fama internacional em 2001 com "Los Soldados de Salamina", a história da Igreja é a história da "perversão do cristianismo". Diz que se distanciou das pessoas para cair em abusos de poder como os casos de pedofilia e abuso sexual.
Com cada vez menos fiéis católicos na América Latina e no mundo, Cercas considera que a Igreja deve seguir com as reformas de Francisco para se manter de pé.
Para Cercas, há dois caminhos possíveis para o próximo papa que sairá do conclave no Vaticano: que seja um reformista mais moderado que Bergoglio ou que seja um conservador que finge ser reformista, mas na verdade "freia" qualquer mudança.
"Não vai haver um papa mais radical, que (...) é o que faz falta", diz.
E.Paulino--PC