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Leão XIV, o papa que viveu na pele dos peruanos
Dias antes de deixar o Peru contra seu desejo, o então bispo Robert Francis Prevost calçou botas de borracha e foi até uma área inundada para ajudar os afetados. Naquela altura, já estava há muitos anos vivendo na pele de um país com problemas que marcaram seu caminho.
Foi no Peru - país ao qual esteve conectado por quase quatro décadas - onde o agora papa Leão XIV conheceu de perto a pobreza, levantou a voz contra os excessos do poder e desenvolveu sua consciência ambiental.
De origem americana, Prevost recebeu a nacionalidade peruana em 2015 antes de se tornar bispo de Chiclayo, uma cidade de cerca de 600 mil habitantes.
Ele "se meteu na pele dos peruanos, se misturou, foi um de nós", afirma à AFP Kurt Mendoza, que trabalhou com ele de 2018 a 2023 na Conferência Episcopal Peruana (CEP).
O novo papa tem "o Peru em seu coração", como disse o jornal El Comercio em sua capa nesta sexta-feira (9).
- A pobreza -
Prevost tinha 30 anos quando chegou como missionário agostiniano na empobrecida localidade de Chulucanas em 1985. Seu começo como sacerdote moldou "sua marca", opina Véronique Lecaros, chefe do departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Peru.
Entrou em contato com as áreas rurais onde as carências se acentuam. Mais do que falar, ele ouvia os desfavorecidos.
"Seu contato com a pobreza teria sido diferente sem conhecer o Peru e meter os pés no barro, porque não é igual nos Estados Unidos", diz Lecaros.
Depois de deixar Chulucanas e passar um breve período nos Estados Unidos, ele retorna ao Peru, especificamente para Trujillo, onde passou 10 dos 38 anos em que esteve vinculado ao Peru.
Com 34 milhões de habitantes, o país andino registra atualmente uma pobreza de 27% da população, embora nas áreas rurais seja de 39%. E Trujillo é conhecida como o berço do crime de extorsão.
- O poder -
Como bispo de Chiclayo (2015-2023), o agora papa americano-peruano de 69 anos enfrentou o poder político.
Em 2017, pediu ao falecido ex-presidente Alberto Fujimori - julgado e preso por violações de direitos humanos - que pedisse "perdão pessoalmente" às vítimas.
Quando estava prestes a encerrar sua missão no Peru em 2023, defendeu o direito ao protesto. O país passava por uma grave crise devido às manifestações contra o governo que deixaram meio centena de civis mortos.
Também revelou que naquele momento disse ao papa Francisco que não era "o melhor momento" para sair do Peru.
Defensor da "democracia e institucionalidade", Leão XIV não "vai ficar calado" frente aos poderosos, aponta o ex-colaborador de Prevost na Conferência Episcopal.
- Crise climática -
O novo bispo de Roma aderiu à mensagem de alerta frente à crise climática propagada por seu antecessor Francisco, considerado pelo próprio clero como sua maior influência ideológica.
Será um papa defensor do meio ambiente, asseguram as fontes. Um indício disso é a Comissão de Ecologia Integral que ele formou em Chiclayo, precisamente em defesa da causa.
Em uma de suas últimas ações no Peru, Prevost foi até uma área inundada por chuvas extremas para advogar pelos afetados. Gravou um vídeo usando botas e camisa curta, com água até os tornozelos e casas destruídas ao seu redor.
- O mais peruano -
"Eu sou muito feliz no Peru", dizia Prevost a Francisco antes de ser nomeado cardeal e enviado a Roma, segundo confessou a uma publicação agostiniana em 2023.
Nos 38 anos de sua missão, desenvolveu um gosto pelo ceviche, o cabrito, o seco (ensopado de carne) e o arroz com pato, pratos dos quais ele afirmou que sentiria "muita falta" no Vaticano.
"Não tinha medo de subir em um cavalo, de entrar na cozinha, de servir comida, de atender as pessoas em sua simplicidade", destaca monsenhor Carlos García, presidente da CEP.
Não tinha motorista e dirigia um carro modesto. Gostava de aproveitar longas caminhadas pelas paisagens peruanas.
É "tão respeitado" que nem mesmo o Opus Dei - a ordem ultraconservadora que governava a diocese de Chiclayo antes de sua chegada - o criticou abertamente, aponta Kurt Mendoza.
C.Amaral--PC