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Qual foi o impacto dos ataques israelenses no programa nuclear do Irã?
O ataque sem precedentes lançado por Israel contra o Irã na sexta-feira atingiu o programa nuclear da República Islâmica, mas especialistas entrevistados pela AFP afirmam que o impacto até agora foi limitado.
A operação durará "quantos dias forem necessários", alertou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na sexta-feira, que justificou o ataque alegando ter informações de que o Irã está se aproximando de um "ponto sem retorno" na obtenção de uma arma nuclear.
Qual é o alcance dos danos?
"Israel pode prejudicar o programa nuclear do Irã, mas é improvável que consiga destruí-lo", disse à AFP Ali Vaez, pesquisador do International Crisis Group, um think tank americano.
O motivo, explica ele, é que Israel não possui as bombas potentes necessárias "para destruir as instalações fortificadas de Natanz e Fordo", enterradas no subsolo.
Para isso, precisaria de "assistência militar dos Estados Unidos", confirma Kelsey Davenport, especialista da Associação de Controle de Armas.
O conhecimento adquirido por Teerã não pode ser destruído, embora nove cientistas tenham morrido nos ataques, acrescenta.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), citando informações de autoridades iranianas, afirmou que o ataque "destruiu" a parte situada na superfície da instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do país.
Essa destruição, confirmada por imagens de satélite, é "significativa", segundo um relatório do Instituto de Ciência e Segurança Internacional (ISIS), organização americana especializada em proliferação nuclear.
Os ataques ao fornecimento de energia elétrica "podem causar danos graves" às milhares de centrífugas usadas para enriquecer urânio, "se as baterias de reserva estiverem esgotadas".
O instituto acredita que Natanz "ficará incapacitado de operar por algum tempo".
O outro centro de enriquecimento de urânio, Fordo, ao sul de Teerã, também foi atacado. Segundo as autoridades iranianas, os danos causados foram menos graves.
A usina de conversão de Isfahan, no centro do Irã, também foi alvo de ataques israelenses. Esse complexo supostamente abriga grandes reservas de urânio altamente enriquecido.
O que aconteceu com essas reservas? Por enquanto, é impossível saber. "Se o Irã conseguir transferir algumas delas para instalações secretas, Israel terá perdido o jogo", enfatiza Vaez.
Qual o risco para a população?
A agência nuclear da ONU não relatou um aumento nos níveis de radiação ao redor das diversas usinas afetadas.
"Há muito pouco risco de que ataques a instalações de enriquecimento de urânio causem liberações radioativas perigosas", disse Davenport.
Mas um ataque à usina nuclear de Bushehr, no sul do país, poderia ter "consequências graves para a saúde e o meio ambiente", acrescentou.
Instalações nucleares "nunca devem ser atacadas, independentemente do contexto ou das circunstâncias, pois isso pode prejudicar a população e o meio ambiente", insistiu o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, na sexta-feira.
O Irã realmente está perto de obter uma bomba atômica?
Após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear internacional em 2018, o Irã gradualmente se desvinculou de certas obrigações e acelerou seu enriquecimento de urânio bem acima do limite de 3,67%.
Em meados de maio, o país tinha 408,6 kg de urânio enriquecido a 60%, próximo dos 90% necessários para projetar uma bomba atômica.
O Irã é o único Estado sem armas nucleares que produz esse tipo de material, afirmou a AIEA, que também lamentou a falta de cooperação de Teerã.
No entanto, "a agência não tem indícios confiáveis de um programa nuclear estruturado" voltado para a aquisição de armas nucleares, como pode ter ocorrido no passado. Teerã nega ter tais ambições.
"Até o momento, os custos associados à militarização superaram os benefícios. Mas esse cálculo pode mudar nas próximas semanas", alerta Kelsey Davenport.
"Os ataques israelenses empurraram o Irã para trás tecnicamente, mas politicamente o aproximaram das armas nucleares", acrescentou.
Principalmente porque agora existe "um risco real de desvio de urânio enriquecido", uma operação que "pode passar despercebida por semanas", já que os ataques atuais impedem que os inspetores da AIEA acessem os locais.
R.Veloso--PC