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Há 8.500 anos, caçadores-coletores conseguiram atravessar o Mediterrâneo até Malta
Os especialistas acreditam que as populações de caçadores-coletores do Mesolítico se concentravam nas grandes regiões continentais, mas houve 8.500 grupos isolados que conseguiram cruzar o Mediterrâneo para se instalar em Malta, segundo um estudo publicado pela Nature, nesta quarta-feira (9).
Até o momento, os arqueólogos consideravam que este pequeno arquipélogo, um dos mais isolados da bacia do Mediterrâneo, havia sido colonizado há 7.400 anos pelas populações neolíticas que compartilhavam com os agricultores do continente um estilo de vida centrado na agricultura e pecuária.
Eles não imaginavam que seus antecessores do período Mesolítico, caçadores-coloteres (que caçavam animais e recorriam a plantas e frutos para se alimentarem), "realmente se propuseram a alcançar estas ilhas", explicou à AFP a arqueóloga Eleanor Scerri, autora principal do estudo.
A travessia é curta em relação à terra mais próxima, a Sicília, com apenas 85 km em linha reta, mas são mais de 250 km até a costa da Tunísia.
"Pensavam que não dispunham dos meios técnicos" antes da invenção da vela, acrescenta a professora do Instituto Alemão de geo-antropologia Max Planck.
As escavações realizadas por uma equipe internacional em conjunto com a Universidade de Malta fornecem evidências de que eles foram bem-sucedidos.
Em Latnija, um pequeno vale próximo ao litoral da ilha de Malta, os arqueólogos descobriram vestígios de lareiras cobertas de cinzas, datando a ocupação mais antiga de 8.500 anos atrás, juntamente com ferramentas rudimentares feitas de seixos de calcário esculpidos.
- Dieta alimentícia -
A dieta dessa população era bem diferente da alimentação dos agricultores que se estabeleceram mais tarde, com cabras, ovelhas, porcos e cereais.
Os caçadores-coletores "tinham uma dieta muito mais diversificada, com uma proporção significativa de produtos marinhos", conforme evidenciado pelos mais de 10.000 fósseis de conchas de gastrópodes encontrados no local, bem como restos de peixes, focas e crustáceos.
Eles consumiam animais terrestres, como o veado comum, caçado com moderação, e muitos pássaros, mas também eram "capazes de sobreviver em um pequeno território graças ao uso do mar", de acordo com a pesquisadora.
O estudo é cauteloso quanto à motivação para se estabelecer no arquipélago em uma época de movimentos populacionais. "Talvez eles fossem curiosos", sugere o professor Scerri.
De qualquer forma, eles estavam suficientemente familiarizados com o ambiente marinho para embarcar em uma aventura perigosa.
Embora a ilha fosse claramente visível dos pontos altos da Sicília, ela estava muito longe para ser distinguida da costa.
A expedição envolvia, portanto, "com uma possível canoa de madeira ou uma jangada de juncos ou peles de animais", "passar pelo menos um dia e uma noite no mar, com habilidades de navegação, como conhecimento de correntes e possivelmente constelações", enfatiza Dylan Gaffney, professor de Arqueologia Paleolítica em Oxford, em um artigo que acompanha o estudo.
- "Capacidades marítimas" -
Essa descoberta "tem implicações importantes para a compreensão das capacidades marítimas dos primeiros povos do Mediterrâneo", acrescenta.
Longe da imagem popular do coletor de castanhas e do caçador de javalis, essas populações também eram capazes de explorar os recursos de seu litoral.
Ou até mesmo de estabelecer conexões marítimas mais distantes, como apontam os professores Scerri e Gaffney com referência a um estudo publicado no mês passado na Nature, que descobriu traços de DNA de caçadores-coletores europeus no pool genético de um agricultor do Magrebe há 8.000 anos.
O estudo da equipe do Instituto Max Planck e da Universidade de Malta indicaria que os povos mediterrâneos primitivos tinham a capacidade de fazer "longas viagens de magnitude semelhante às viagens marítimas no Sudeste Asiático, Japão e Nova Guiné", de acordo com o professor Gaffney.
Essas competências surgiram pela necessidade de se adaptar muito antes devido ao aumento do nível do mar no final da última era glacial, entre 20.000 e 10.000 anos atrás, lembra ele.
Esse mesmo conhecimento poderia mais tarde ter beneficiado as populações agrícolas neolíticas. "Podemos nos perguntar se isso não favoreceu a rápida expansão da agricultura ao longo da costa mediterrânea", questiona o professor Scerri.
A.S.Diogo--PC